Vestibular da Unesp: professores dão dicas e orientações para quem vai prestar a prova

Publicada em: 27/10/2025 11:56 -

Especialistas destacam o que mais cai no processo seletivo, como se preparar
na reta final e como cuidar do emocional para o exame


São Paulo, 27 de outubro de 2025 – Sexta melhor universidade da América Latina e do Caribe, segundo ranking da empresa britânica QS World University Rankings, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) realiza a primeira fase do seu vestibular no domingo, 02 de novembro, em 35 cidades, sendo 31 municípios em todas as regiões do Estado de São Paulo e ainda em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR) e Uberlândia (MG).
 

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Pública e gratuita, a Unesp foi criada em 1976, e hoje tem cerca de 50 mil estudantes, entre alunos de graduação e pós-graduação (stricto sensu). O vestibular oferece 5.867 vagas, em cursos nas áreas de Exatas, Humanidades e Biológicas, em 24 cidades do estado de São Paulo onde a instituição possui campi: Araçatuba (112 vagas), Araraquara (678), Assis (309), Bauru (899), Botucatu (478), Dracena (62), Franca (328), Guaratinguetá (243), Ilha Solteira (234), Itapeva (58), Jaboticabal (224), Marília (351), Ourinhos (46), Presidente Prudente (461), Registro (56), Rio Claro (373), Rosana (50), São João da Boa Vista (62), São José do Rio Preto (344), São José dos Campos (96), São Paulo (185), São Vicente (64), Sorocaba (64) e Tupã (90).
 

Organizado pela Fundação Vunesp, o processo seletivo é considerado um dos mais concorridos do país e exige preparo técnico, leitura crítica e equilíbrio emocional. Para ajudar os candidatos na reta final de preparação, professores reuniram, a seguir, orientações práticas, dicas sobre o que priorizar nos estudos, como se destacar na redação e como manter a ansiedade sob controle.
 

O que cai na prova?
 

A prova da Unesp é conhecida por seu caráter interdisciplinar e por valorizar a interpretação de textos, gráficos e imagens, mais do que a memorização. A primeira fase da prova, de Conhecimentos Gerais, tem duração de 5 horas e é composta por 90 questões objetivas, distribuídas entre áreas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio: Linguagens e suas tecnologias (elementos de língua portuguesa e literatura, língua inglesa, educação física e arte); Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (elementos de história, geografia, filosofia e sociologia); Ciências da Natureza e suas tecnologias (elementos de biologia, química e física); e Matemática e suas tecnologias.
 

“As questões da Unesp costumam relacionar diferentes áreas do conhecimento, exigindo que o candidato interprete situações reais e conecte conceitos de maneira lógica. É importante revisar temas como meio ambiente, cidadania, tecnologia, diversidade cultural, atualidades e novidades científicas, que aparecem com frequência nas provas”, explica Allan Fernandes, coordenador do Ensino Médio do colégio Progresso Bilíngue de Vinhedo/SP.
 

Ainda dá para estudar?
 

Na opinião do coordenador pedagógico da Escola Internacional de Alphaville, de Barueri/SP, Peter Rifaat, ainda dá tempo de melhorar o desempenho para a primeira fase da Unesp, especialmente com revisões estratégicas e treinos direcionados. “A reta final não é momento para aprender novos conteúdos, mas para consolidar o que já foi estudado. O ideal é fazer resumos, revisar anotações e priorizar os temas de maior incidência na prova”, aconselha.
 

O educador reforça a importância de manter uma rotina equilibrada. “Estudar em blocos curtos, alternando com pausas regulares, e revisar provas anteriores costuma ser mais eficiente do que longas horas de leitura contínua. O foco deve estar na qualidade do estudo, não na quantidade”, completa.
 

Ele recomenda estratégias baseadas em neurociência cognitiva, como o método Pomodoro, que intercala períodos curtos de alta concentração com pequenas pausas. Essa abordagem estimula a consolidação da memória e reduz a sobrecarga mental, tornando o estudo mais produtivo e sustentável.
 

Cuide do emocional
 

A ansiedade é uma das maiores inimigas do bom desempenho. Controlar o estresse e manter uma mentalidade positiva faz parte da preparação. “O equilíbrio emocional é essencial. O candidato precisa confiar no que estudou e evitar comparações com colegas. Técnicas simples, como respiração profunda, boa alimentação e sono regular, fazem muita diferença”, destaca Ana Cláudia Gomes, conselheira de carreiras do Brazilian International School – BIS, de São Paulo/SP.
 

A docente acrescenta que simular as condições da prova ajuda a reduzir o nervosismo. “Fazer simulados cronometrados, em tempo real, e revisar provas antigas em ambiente silencioso ajuda o cérebro a se adaptar ao ritmo do exame. Entender o tempo de resposta ideal e identificar seus pontos fortes e fracos aumenta a segurança e reduz o impacto da ansiedade no dia da prova.”
 

2ª fase e Redação
 

Quem for aprovado na primeira fase, será convocado para a segunda fase do processo seletivo, previsto para acontecer em dois dias, 7 e 8 de dezembro, ambos com 5 horas de duração.
 

A prova do primeiro dia da segunda fase, de Conhecimentos Específicos, é composta por 24 questões discursivas; contemplando as áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (elementos de história, geografia, filosofia e sociologia); Ciências da Natureza e suas tecnologias (elementos de biologia, química e física) e Matemática e suas tecnologias.
 

Já o segundo dia da segunda fase, de Conhecimentos Específicos, traz 12 questões contemplando a área de Linguagens e suas tecnologias (elementos de língua portuguesa e literatura, língua inglesa, educação física e arte); e a Redação, de gênero dissertativo, que avalia as propriedades de progressão temática, coerência e coesão, privilegiando-se a modalidade escrita culta.
 

A redação da Unesp costuma propor temas de relevância social, em formato de dissertação argumentativa, pedindo que o candidato apresente ponto de vista claro, argumentos bem estruturados e repertório sociocultural pertinente.
 

“A prova valoriza o pensamento crítico e a capacidade de argumentar com coerência. Além de dominar a norma culta, o candidato precisa demonstrar repertório atualizado, relacionando o tema com fatos, dados ou referências culturais”, orienta Samuel Ferreira Gama Junior, orientador educacional e de carreiras da Escola Bilíngue Aubrick, de São Paulo/SP. “O aluno deve praticar a escrita regularmente, produzindo textos dentro do tempo previsto e revisando aspectos como coesão, estrutura e clareza”, recomenda o docente.

Nos últimos anos, os temas da redação do vestibular da Unesp foram os seguintes:

  • 2025 – “Medicalização da vida: a quem interessa?”
  • 2024 – “É possível um mundo off-line?”
  • 2023 – A “lógica do condomínio”: o espaço público está em declínio?
  • 2022 – A tristeza em tempos de felicidade compulsória
  • 2021 – Tempo é dinheiro?
  • 2020 – O carro será o novo cigarro?
  • 2019 – Compro, logo existo?
  • 2018 – O voto deveria ser facultativo no Brasil?
  • 2017 – A riqueza de poucos beneficia a sociedade inteira?
  • 2016 – Publicação de imagens trágicas: banalização do sofrimento ou forma de sensibilização?
  • 2015 – O legado da escravidão e o preconceito contra negros no Brasil
  • 2014 – Corrupção no Congresso Nacional: reflexo da sociedade brasileira?
  • 2013 – Escrever: o trabalho e a inspiração
  • 2012 – A bajulação: virtude ou defeito?

Para alguns candidatos, a depender do curso, após a aprovação na segunda fase, há ainda uma prova de habilidades específicas, destinada a avaliar o potencial e aptidão do candidato para o curso escolhido.
 

Serviço – Vestibular da Unesp
Datas: 2 de novembro (1ª fase) e 7 e 8 de dezembro (2ª fase)
Horário das provas: 14 horas
Abertura e fechamento dos portões: 13 horas (abertura), 13h40 (fechamento)
O que levar: original de um documentos de identificação (RG ou CIN, Carteira de Órgão ou Conselho de Classe, CTPS, Certificado Militar, CNH, Passaporte, Carteiras de Identidade expedidas pelas Forças Armadas, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares); caneta esferográfica com tinta preta; e régua transparente.
O que não pode levar: dispositivos eletrônicos, calculadoras, telefones celulares, relógios, reprodutores de áudio, armas de fogo, e o uso de acessórios como protetores auriculares, bonés, gorros, bandanas, chapéus e óculos de sol.
 

Os especialistas
 

Allan Fernandes é físico, matemático e pedagogo, com mais de 15 anos de experiência na educação básica. Desde 2015, integra a equipe do Progresso Bilíngue Vinhedo, onde desenvolve um trabalho pautado na contextualização dos conteúdos com situações do cotidiano dos alunos, tornando o aprendizado mais significativo e engajador. Sua atuação na gestão educacional é orientada pela análise de desempenho e pela criação de estratégias de estudo personalizadas, sempre com o objetivo de promover o máximo desenvolvimento de cada estudante.
 

Ana Cláudia Gomes é mestre em Comportamento Organizacional pela University of Nevada (EUA), Pós-graduada em Bilinguismo pela Faculdade Singularidades, bacharel em Língua Inglesa e Literatura e em Pedagogia, além de possuir certificações em tradução simultânea e aconselhamento educacional. É especialista em orientação acadêmica e aplicação para universidades internacionais, com sólida experiência como coordenadora pedagógica e docente em escolas bilíngues, tendo liderado projetos de formação docente, análise de dados educacionais e desenvolvimento curricular.
 

Fernanda Silveira é pedagoga e psicopedagoga, com 10 anos de experiência na gestão pedagógica do Ensino Médio, com atuação voltada ao acompanhamento acadêmico dos estudantes e ao fortalecimento de suas trajetórias rumo ao vestibular e às suas escolhas para o futuro. Atua como coordenadora pedagógica do Ensino Médio das unidades do Progresso Bilíngue em Campinas (Cambuí e Taquaral).
 

Peter Rifaat é educador e líder escolar com mais de 15 anos de experiência em educação internacional e bilíngue. É formado em Pedagogia e possui certificações internacionais, incluindo DELTA e CELTA (Cambridge), além de diversas certificações do IB. Atualmente, atua na Escola Internacional de Alphaville como Coordenador Pedagógico do Ensino Médio, Coordenador do Programa do Diploma IB, professor de TOK e integra a equipe de Orientação Universitária e de Carreira.
 

Samuel Gama é mestre em Educação (University of Chichester, UK), pós-graduado em Psicopedagogia (Instituto Singularidades); e bacharel em Língua e Literatura Portuguesa e Inglesa (Faculdades Metropolitanas Unidas) e Administração (The University of British Columbia, Canadá). Com mais de 15 anos de experiência, já ocupou cargos de gestão acadêmica, além de ter atuado como mentor de professores e formador em inovação pedagógica e examinador internacional do British Council. É conselheiro universitário de carreiras e orientador educacional do Ensino Médio na Escola Bilíngue Aubrick.
 



Sobre a ISP – International Schools Partnership


A International Schools Partnership (ISP) é um grupo internacional presente em 25 países, com 109 escolas privadas e mais de 92.500 estudantes em todo o mundo. A ISP apoia e capacita as instituições de ensino, desenvolvendo novos padrões de excelência em educação, para transformar as escolas em referência em suas comunidades locais e no setor educacional global. O aluno da ISP está no centro da jornada de aprendizagem e é preparado para o futuro, tendo acesso a educadores apaixonados e experientes, e ferramentas para que adquira confiança, conhecimento e habilidades; e aprimore seu aprendizado acadêmico, pessoal, social e emocional em um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo. Para mais informações, acesse o site.
 

 

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