Artur Marques da Silva Filho*

O aniversário do Hospital do Servidor Público Estadual, que completa 63 anos no dia 9 de julho, merece ser muito comemorado, pois, ao longo de todo esse tempo, ele tem sido importante para o atendimento à saúde do funcionalismo paulista. Ademais, destaca-se como instituição pioneira, como na criação do primeiro Banco de Leite de São Paulo e do Serviço de Cuidados Paliativos. Seu corpo clínico e os profissionais sempre mereceram o reconhecimento dos pacientes pela qualidade do atendimento.


Ao longo dos anos, o complexo cresceu com a inauguração de novas instalações, como o Pronto-Socorro, Prédio de Utilidades e Centro Integralidade, que reúne serviços de Fisioterapia e Medicina do Esporte, além do posto de vacinação e o Programa de Atenção à Pessoa Idosa. As estatísticas atuais, divulgadas pelo HSPE, confirmam a relevância do hospital: o balanço referente ao primeiro trimestre de 2024 registra 4.047 cirurgias, 8.885 internações, 61.379 atendimentos no Pronto-Socorro, 97.604 em clínicas e consultórios, 781.566 exames laboratoriais e 71.161 de imagem.


No entanto, em meio a números tão expressivos e à sua significativa história, o Hospital do Servidor, conforme a visão de grande parte de seus usuários, precisa corrigir alguns problemas e promover avanços. Embora se reconheça uma melhoria na estrutura, a principal reivindicação refere-se à realização de concursos públicos para a contratação de médicos, enfermeiros e funcionários. Estariam faltando recursos humanos para manter o atendimento de excelência inerente à trajetória da instituição.
 

Para isso, obviamente, seriam necessárias verbas adicionais, que poderiam ser providas pela paridade, por parte do governo paulista, no financiamento da rede do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual). Hoje, os funcionários contribuem com 2% a 3% de seu salário. O pleito é no sentido de que o Estado invista porcentagem semelhante.
 

É fundamental encontrar soluções eficazes para que o Hospital do Servidor continue avançando como instituição de qualidade na estrutura de atendimento aos funcionários paulistas e seus familiares. À medida que entregue serviços adequados, também será um exemplo a ser seguido de que a excelência na saúde pública, um direito da sociedade, é absolutamente viável.
 

*Artur Marques da Silva Filho é presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP).